domingo, 26 de outubro de 2008

Carta aberta a José Sócrates

Autor: Pedro Carvalho Magalhães


Senhor Primeiro Ministro: Venho protestar veementemente através de Vª Exª pelo nome dado ao computador que os vossos serviços resolveram distribuir aos meninos deste país (os que sobrarem do seu negócio com o Hugo Chavez na troca do petróleo, bem entendido).


Eu, Pedro Carvalho de Magalhães, nunca mais poderei usar a minha assinatura sem ser indecentemente gozado pelos meus colegas de trabalho.Sempre assinei PC Magalhães e, desde que Vªs Exªs baptizaram o tal computador, tive que alterar todos os meus documentos.


Uma coisa tão simples como perguntar as horas e a resposta que recebo é:
- Atão Magalhães... vai ao Google...

Se vou à máquina de preservativos, há sempre uma boca dum colega:
- Para quê, Magalhães? Não te chega o antivírus?


Se vou ao dentista, a recepção é sempre a mesma:
- Então o senhor Magalhães vem limpar o teclado...


A minha mulher, Paula Carvalho Magalhães, também sofre pressões indescritíveis no emprego: Ontem uma colega veio da casa de banho com um tampão na mão e gritou:
- Paula... Esqueceste-te da tua pen!

Também o ginecologista não resistiu ao nome e, após a consulta, disse-lhe que tudo estava bem com as entradas USB!


Nem o meu filho, Pedro Carvalho Magalhães, escapa ao gozo que o nome veio provocar. A Rita, a mocinha com quem andava há mais de 6 meses, acabou tudo com este argumento:
- Magalhães... vou à Staples procurar outro que a tua pega é muito pequena!


Quando, devido a tudo isto, apanhei uma tremenda depressão que me impediu de trabalhar, fui ao psiquiatra. Ele olhou para o meu nome e disse:
- Pois é, senhor PC Magalhães. Aconselho-o a passar pelo suporte técnico da Staples... podem ser problemas de memória RAM!


Neste momento a minha mulher quer desinstalar-se e procurar alguém que tenha um nome 'decente'. Senhor Primeiro-ministro... porque diabo não puseram Sócrates a esse maldito computador? Queria que o senhor visse o que custa!

Atenciosamente, assina Paulo Carvalho M.
(e não me perguntem o que é o M)




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