quinta-feira, 30 de outubro de 2008

O roubo é um efeito secundário da "falta de apetite de trabalhar honestamente"

Ninguém me convence de que o crime não tem aumentado, até porque está bem à vista de todos, e se não tem aumentado em quantidade tenho a firme certeza que tem aumentado em termos de valores furtados, em violência e sofisticação.

Então vejamos;

Ainda há bem pouco tempo nem se ouvia falar sequer de carjacking.(nome importado dos Estados Unidos).
Antes levavam os auto-rádios, jantes especiais, antenas, carteiras…tudo isto e mais alguma coisa, mas deixavam na maioria das vezes o que restava do carro. Actualmente, vai viatura e tudo o que estiver no seu interior, até mesmo o condutor.

Outro fenómeno é o «homejacking» que consiste em assaltar as casas com os proprietários lá dentro. Já nem um pouco de respeito tem pelos proprietários, coisa que antigamente só faziam na ausência destes.

Ouvia-se falar muito através da comunicação social dos assaltos por "esticão", – Os larápios, em passo de corrida ou através de veículos em andamento, aproximavam-se das vitimas e puxavam as bolsas que estas transportavam ao ombro. - Hoje as bolsas passaram um pouco de “moda” e os larápios passaram a furtar por “esticão” as Caixas Multibanco e carrinhas de transporte de valores.

Na minha perspectiva o crime, nomeadamente o roubo, não está associado ao desemprego mas sim à falta de “apetite de trabalhar” aliado ao consumo de drogas, e ainda à ambição de poder.

3 comentários:

Anónimo disse...

Aqui no Arco abundam pessoas alérgicas ao trabalho.
Não sei é se também pertencem ao role dos malfeitores.

Anónimo disse...

Gostei do seu blog,parabens e continue...

Marco Gomes disse...

Caro Repórter,

Não partilho a mesma opinião. O crime tem (se não for o maior factor) como base a envolvência de factores sócio-culturais. Embora, também esteja presente uma escolha pessoal.

Generalizar, num só factor (a falta de "apetite" para trabalhar) não é justo. Haverá, certamente, quem pratique o crime devido a isto. É claro que sim, mas não generalizemos.