sábado, 8 de novembro de 2008

Uma história verídica de injustiça, aqui mesmo, em Cabeceiras

Maria era uma amiga de infância de Susana, colegas de turma e vizinhas sempre se acompanharam uma à outra nas brincadeiras até à idade da adolescência, namoram com dois rapazes da sua terra, sempre com confidencias e cumplicidade entre as duas, como uma verdadeira amizade deve ser.
Casaram e rumaram para destinos diferentes, Maria estabeleceu-se, criou uma empresa com o seu marido. Por outro lado, Susana casou mas não teve a mesma sorte, passados alguns anos ainda estava desempregada.

Ao saber da amiga, a Susana, resolveu recorrer a ela para lhe pedir emprego. Maria aceitou e impôs-lhe as condições, (contrato verbal). Que consistia em trabalhar naquela empresa três meses à experiência ganhando 30.000$00, acabados os três meses ficaria efectiva na empresa com as regalias em vigor na lei.
Analisando na hora, como não tinha trabalho, Susana, aceitou o contrato verbal.
Depois de três meses a ganhar trinta contos, a pagar quinze contos para lhe cuidarem do filho mais novo com apenas dois anos, e mais cinco contos, para que uma colega de trabalho lhe desse transporte, restavam-lhe 10 contos no final do mês, fazendo as contas em três meses ganhou trinta contos.
Mas como tinha a esperança que ao fim de três meses iria receber o salário mínimo nacional, aguentou-se. Passaram-se quatro meses, tudo igual, passaram-se cinco e Susana resolveu contestar com a “amiga” e patroa, exigindo o prometido, esta não gostou minimamente das exigências e contra a sua vontade lá deu mais 5 contos.

Logo no decorrer do sexto mês chegou aos ouvidos de Susana, através de uma colega, que o patrão terá dito em conversa com a patroa, que “era preferível despedir Susana pois ainda lhes podia dar problemas”.
Chegou-se ao final do sexto mês, Maria entrega um salário de 60 contos à Susana e com palavras arrogantes diz-lhe que estava dispensada daquela empresa alegando que a situação era má e que ia começar a despedir pessoal.

Desolada, Susana, chega a casa com os olhos vertendo lágrimas de tristeza e conta o sucedido ao marido. Sentindo-se injustiçados, reflectiram sobre a situação e resolveram contratar um advogado.
Foram feitas contas e os “empresários” foram obrigados a pagar uma indemnização respeitante ao tempo de trabalho e em função dos incumprimentos.
Até aqui tudo parecia estar resolvido, mas era somente o começo.
Como era uma empresa familiar onde trabalhavam sete pessoas da mesma família, para elas, o pagamento da indemnização foi uma afronta.

Amélia, irmã da patroa, com um passado famigerado no mau sentido, com envolvimentos amorosos extra- conjugais com os maridos das patroas, mãe solteira, chegou mesmo a ter que receber tratamento hospitalar devido a agressão com uma tesoura por parte de uma patroa, porque Amélia se tinha envolvido intimamente com o seu marido, - era também vizinha de Susana e nunca tinham tido qualquer tipo de conflitualidade até ao dia em que o filho de Susana, o Tony, com os seus dois anos de idade, chega a casa chorando sufocado. Tinha sido o marido da Amélia que lhe bateu, efeitos secundários do pedido de indemnização pago, vingaram-se no miúdo desculpando-se que o tony (de dois anos), estava a bater no seu filho (com seis anos).
No dia seguinte os pais do tony viram uma mancha negra na orelha do miúdo levaram-no ao médico para ver se tinha lesões mais graves do que aquelas que eram visíveis, mas nada de grave.

No decorrer dos dias, Amélia, passava todos os dias à porta de Susana, e sempre que passava, num acto de má educação, afronta e ódio, escarrava virada para a entrada da porta de Susana, que por sua vez não queria acreditar naquilo que estava a acontecer, magoada e triste, desabafou com o marido o que a vizinha e ex-colega de trabalho lhes estava a fazer. Então para por termo à situação resolveram recorrer à justiça e apresentaram queixa na GNR, pela agressão ao miúdo e pela atitude insana que Amélia vinha tendo. Passado algum tempo Amélia e seu marido receberam um aviso para se apresentar no posto da GNR para prestar depoimento, foi então para eles, mais uma desfeita, a última gota.

Num acto tresloucado, Pai e mãe, três irmãs, incluindo a ex-patroa e Amélia, dois irmãos e um cunhado e primo, com palavras injuriosas, difamatórias, ameaçadoras, invadiram a propriedade de Susana na tentativa de linchamento ou de causar intimidação para desistência na queixa apresentada. As crianças que estavam ali, horrorizadas, choravam indiscriminadamente, o marido de Susana liga para a Guarda Republicana a pedir socorro, os vizinhos com aquele alarido todo dirigiram-se ao local, o que fez com que os insanos desistissem e dispersassem daquele local. Quando tudo estava “terminado” chegam as autoridades… ficou o registo.

No dia seguinte, temendo que ainda algo de pior viesse a acontecer, apresentaram mais uma queixa contra os autores da invasão da propriedade e das difamações.
Passados meses de inquéritos os dois casais (Amélia e marido e Susana e marido) intervenientes no primeiro processo, foram chamados ao M.P. - confrontados os dois casais contaram cada qual a sua versão.
Decisão final: Amélia e marido tiveram uma lição grandiosa de moral e ficou a promessa de não a infringir, caso isso acontecesse teria sanções muito mais pesadas.
No segundo processo, o caso foi arquivado porque as testemunhas, os vizinhos, ficaram intimidados de tal forma com aquilo que tinham visto a fazer ao casal, que disseram que não tinham presenciado nada.

O casal, Susana e o marido, como tudo não bastasse, ainda receberam uma notificação para pagamento de despesas judiciais onde constava um parágrafo que dizia que o casal fez uso e abuso da justiça.
Hoje, Amélia, sempre que se cruza com o casal, escarra para o chão, numa atitude rasca, de má educação e de apetência de conflito, “cantando vitória”.

O casal interroga-se: “- há justiça?”
Amélia tinha (e tem) um passado leviano… teve até um caso em que um rapaz solteiro terá metido conversa com ela, e ela por sua vez, numa atitude de "mulher séria", conta uma versão diferente ao pai. E este, não lhe agradando nada o que a filha lhe contou, foi de encontro com o rapaz quando este estava num café e com uma atitude triste puxa da arma, e sem querer saber da versão dele, aponta-lha à cabeça. Valeu-lhe a intervenção do filho do agressor, irmão da Amélia, que não deixou o pai conseguir os seus intentos.

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